De acordo com o projeto, a APAC de Ariquemes terá capacidade para assistir 120 detentos.
Representantes da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Ariquemes apresentaram nesta semana o esboço de projeto arquitetônico para a construção da sede do Centro de Reintegração Social (CRS), a entidade que visa atender detentos do sistema prisional de Rondônia.
A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) e o Departamento Estadual de Estradas, Rodagens, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER) firmaram parceria com a Apac, onde os dois órgãos farão a elaboração do projeto arquitetônico que deve ser entregue neste primeiro semestre do ano.
O recurso para a construção da sede da Apac em Ariquemes será proveniente da Vara de Execuções Penais e emendas parlamentares. “O que vier para somar, no intuito de ressocializar e recuperar as pessoas privadas de liberdade, será bem-vindo. A Sejus está aberta em fazer parcerias com entidades sérias e que procedem de acordo com a lei, sempre buscando a valorização do reeducando”, destacou a secretária da Sejus, Etelvina Rocha.
O presidente da Apac, Aldair Ferreira, e o tesoureiro da associação, Wendreu Douglas Gambarti, explicaram os detalhes do esboço. Com a construção da sede, a instituição terá capacidade para atender 120 detentos, sendo 80 do regime fechado e 40 do semiaberto.
O protótipo do projeto foi analisado pela secretária de Justiça, Etelvina Rocha, o diretor adjunto do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Paulo Souto, da diretora Executiva (Sejus), Maria Elilde Menezes, do gerente da Infraestrutura (Sejus) Robson Sousa e do chefe geral de núcleos da Gerência de Reinserção Social (Geres), Fábio Recalde.
ENTENDA A APAC
APAC é uma Associação de Proteção e Assistência aos Condenados com método de valorização humana, que oferece condições de recuperação do presidiário. Tem ainda como finalidade proteger a sociedade, socorrer a vítima e promover a justiça.
É uma entidade parceira da justiça na execução penal, método baseado no amor e na confiança. A Apac foi criada em 1972, na cidade de São José dos Campos- SP, por meio de um grupo de voluntários cristãos, sob a liderança do advogado e jornalista Mário Ottoboni no presídio de Humaitá, para evangelizar e dar apoio moral aos presos. A inexperiência no mundo do crime, das drogas e das prisões proporcionaram a criação de uma experiência revolucionária. A sigla significava Amando o Próximo, Amarás Cristo.
Mário Ottoboni fundou ainda a FBAC – Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, também em São Paulo na década de 90, que congrega, orienta, fiscaliza e zela pela unidade e uniformidade das Apac´s do Brasil e assessora a aplicação do Método Apac no exterior. Está filiada à Prison Fellowship International – PFI, organização consultora da ONU para assuntos penitenciários (http://www.fbac.org.br/).
APAC EM RONDÔNIA
O primeiro Centro de Reintegração Social (CRS) da Apac no estado foi instalado na comarca de Ji-Paraná. A reforma e implantação do CRS foi através do Termo de Fomento n° 026/PGE-2017. A inauguração aconteceu em março de 2018 e tem capacidade máxima para 60 recuperandos dos regimes fechado e semiaberto.
No momento, o Centro de Reintegração conta com 37 pessoas, 22 do regime fechado e 15 do semiaberto. Os recuperandos recebem assistência psicológica, odontológica, atividades esportivas, coral, além de estudo feito por módulos e a realização de constelação familiar.
Em Porto Velho, Jaru, Cacoal, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Colorado D´Oeste, Alta Floresta, Espigão e Vilhena, o processo de instalação está em estágio avançado.
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