Parte dos sindicatos suspende greve após decisão do TST

Parte dos sindicatos suspende greve após decisão do TST

Os trabalhadores dos correios entraram em greve na noite de domingo, sem previsão para o fim da paralisação (Dário Oliveira/Folhapress)

Após  o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que os trabalhadores dos Correios poderão ter cobrança de mensalidade em planos de saúde, os sindicatos do Acre, Espírito Santo, Maranhão e Mato Grosso do Sul decidiram suspender greve iniciada na noite do último domingo. A previsão é de que as atividades sejam retomadas hoje, mas o estado de greve permanece, segundo informações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ)decidiu em assembleia na manhã desta terça-feira manter a greve, e fazer nova reunião na quinta. Os funcionários de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo e Zona Postal de Sorocaba (Sintect-SP) se posicionarão na quarta.

A recomendação da Fentect é de que os sindicatos mantenham a paralisação, e que façam reuniões sobre o assunto no período da tarde. A instituição considerou a decisão do TST como absurda, e discute com o departamento jurídico que medidas tomar.

A principal reivindicação dos trabalhadores é em relação a mensalidades e inclusão de dependentes no plano de saúde. O argumento é de que os salários são em média os mais baixos dentre os servidores de empresas públicas e estatais (1.600 reais) e que os custos podem chegar a 900 reais, dependendo da idade do trabalhador.

Na segunda, o TST considerou válida a cobrança de mensalidade entre 2,5% a 4,4%, dependendo do salário do colaborador. O tribunal também alterou a forma de cobrança da cobertura de cônjuges e dependentes. A partir de agora, eles vão contribuir com um porcentual que varia de 35% (filhos) a 60% (cônjuge) sobre a mensalidade do empregado.

Os trabalhadores protestam também contra alterações em cargos e salários, terceirização de serviços, a possibilidade de privatização da empresa, problemas referentes a benefícios, o fechamento de agências e a favor da contratação de mais funcionários. Na avaliação do Sintect-SP, há um déficit de 4.000 carteiros só na capital paulista. O último concurso público foi realizado em 2011. Outra reclamação é de que a extinção do cargo de operador de triagem, anunciada em janeiro, vai sobrecarregar outras funções.

Autor / Fonte: Veja

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