Opinião – Audiência pública do Senado para discutir precariedade da BR-364

Opinião – Audiência pública do Senado para discutir precariedade da BR-364

Porto Velho, RO – A precariedade da BR 364, a mais importante rodovia que corta Rondônia da divisa com o Mato Grosso até o Acre tem causado sérios prejuízos para a economia regional. E não é apenas na economia e na dificuldade em ir e vir, um direito constitucional assegurado, mas nunca cumprido pelas autoridades. Ainda há os centenas de acidentes, a maior parte fatal em razão do piso esburacado, sinalização deficiente, imprudência dos condutores e fiscalização falha.

Rondônia Dinâmica há tempo promove uma campanha cobrando das autoridades não apenas a restauração da 364, mas também a duplicação e, se for o caso, até a privatização, caso o governo federal se mantenha incompetente e as autoridades de Rondônia, federal, estadual e municipal, também. Muito mais os políticos, que deveriam priorizar a mais importante ligação rodoviária com o centro-sul do País e responsável por parte significativa da economia de Rondônia e do Acre.

O Brasil é um país continental e infelizmente dependente do sistema rodoviário em detrimento ao ferroviário, muito mais econômico e eficiente. A ferrovia que chegou a Porto Velho na época da colonização não prosperou. Hoje está apenas na lembrança, pois nem mesmo o turismo Madeira-Mamoré com a Maria Fumaça fazendo o trecho Porto Velho-Santo Antônio funciona. Está abandonado.

Na próxima sexta-feira (28) está marcada audiência pública do Senado Federal, após aprovação de requerimento do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), na Comissão de Serviços e Infraestrutura (CI), para discutir a restauração e duplicação da BR 364. Será uma oportunidade ímpar para se encontrar um caminho viável e seguro para o futuro da 364.

Também deve constar da pauta da audiência pública a aprovação do aumento de tonelagem das cargas das carretas provavelmente a partir do próximo ano, de 60 t para 100 t. A 364, por onde são transportadas as safras de grãos do Estado e do Norte do Mato Grosso, para exportação pelo porto graneleiro de Porto Velho, não tem suporte técnico para atender a demanda atual. Se vigorar a partir de 2018 as 100 t a 364 voltará ao estado primitivo, a terra.

A BR 364 foi construída na década de 80. À época, a tonelagem máxima era pouco acima de 20 mil. O alicerce não tem a mínima condição de suportar o tráfego intenso de carretas e bitrens em períodos de safra, por isso recuperação e tapa-buracos não resolvem. Restauração e posterior duplicação são ações inevitáveis para garantia de um tráfego seguro.

A audiência do próximo dia 28 será fundamental para solucionar a situação da BR 364. O assunto deve ser discutido de forma ampla, abrangente e se encontrar um caminho, que não seja o atual da 364: esburacado, perigoso, precariamente sinalizado e pouco fiscalizado.

Restauração e duplicação-já. 

Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica

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