Coreia do Norte tem crescimento recorde, apesar de sanções

Coreia do Norte tem crescimento recorde, apesar de sanções

Exercício militar realizado pela Coreia do Norte para marcar o 85º aniversário do seu Exército (KCNA/Reuters)

A economia da Coreia do Norte cresceu em seu ritmo mais acelerado dos últimos 17 anos em 2016, apesar de o país isolado enfrentar sanções internacionais destinadas a travar sua busca por armas nucleares. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Banco Central da Coreia do Sul.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Norte no ano passado aumentou 3,9 por cento em relação ao ano anterior, quando a economia se contraiu devido a uma seca e baixos preços de commodities, segundo o Banco da Coreia. A expansão, impulsionada pela mineração e energia, marcou o maior aumento desde um ganho de 6,1 por cento em 1999.

A Coreia do Norte, que conta com a China como seu maior parceiro comercial, também impulsionou as exportações em 4,6 por cento, o maior índice desde um salto de 11,8 por cento em 2013.

Ainda assim, a renda nacional bruta per capita do país em 2016 foi de apenas 1,5 milhão de wones (1.342 de dólares), menos de 5% da renda na Coreia do Sul.

   O crescimento econômico robusto pode ser em parte devido ao programa de desenvolvimento nuclear e mísseis do Norte, já que a fabricação de componentes está incluída no cálculo do crescimento do PIB, de acordo com Shin Seung-cheol, funcionário do banco.

Shin acrescentou que a Coreia do Norte aumentou a produção de energia elétrica em 2016, mas não pôde confirmar se isso estava relacionado à fabricação de mísseis.

Em fevereiro, a China proibiu todas as importações de carvão de seu vizinho recluso, cortando suas exportações mais importantes. A China também está restringindo o fluxo de petróleo para o Norte.

A Coreia do Norte não publica dados econômicos. O banco sul-coreano libera dados do PIB na Coreia do Norte todos os anos desde 1991 com base em informações de agências governamentais, incluindo o Ministério da Unificação da Coreia do Sul e o Serviço Nacional de Inteligência. A estimativa é amplamente utilizada por organizações internacionais e pesquisadores.

 

(Com Reuters)

Autor / Fonte: Veja

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